Vivemos hoje em uma destas épocas limítrofes
na qual toda a antiga ordem das representações e dos
saberes oscila para dar lugar a imaginários modos de
conhecimento e estilos de regulação social ainda
pouco estabilizados. Vivemos um destes raros
momentos em que, a partir de uma nova configuração
técnica, quer dizer, de uma nova relação com o
cosmos, um novo estilo de humanidade é inventado.
(…) Palavras, frases, letras, sinais ou caretas
interpretam, cada um à sua maneira, a rede das
mensagens anteriores e tentam influir sobre o
significado das mensagens futuras. O sentido emerge
e se constrói no contexto. É sempre local, datado,
transitório. A cada instante, um novo comentário, uma
nova interpretação, um novo desenvolvimento podem
modificar o sentido que havíamos dado a uma
proposição quando ela foi emitida inicialmente.
Pierre Lévy chama esse processo de: