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Fredrik Barth critica a afirmação “praticamente todo raciocínio antropológico baseia-se...

Fredrik Barth critica a afirmação “praticamente todo raciocínio antropológico baseia-se na premissa de que a variação cultural é descontínua: supõe-se que há agregados humanos que compartilham essencialmente uma mesma cultura e que há diferenças interligadas que distinguem cada uma dessas culturas de todas as outras. Uma vez que cultura nada mais é que uma maneira de descrever o comportamento humano, segue-se disso que há grupos delimitados de pessoas, ou seja, unidades étnicas que correspondem a cada cultura” (2000:25). O autor, em discussão com esta perspectiva, propõe:
A
a necessidade de abandonar o conceito de unidade étnica, e substituí-lo por um conceito mais abrangente, como o de “sociedade”, que dê conta da diversidade dessas unidades menores.
B
a análise da diversidade cultural de cada unidade étnica, mantida graças a uma indiferença hostil com seus vizinhos e ao consequente isolamento geográfico e social de sua cultura.
C
a análise do processo de constituição dos grupos étnicos e da natureza das fronteiras entre estes.
D
a análise de cada unidade étnica em sua relação com outras unidades étnicas, a fim de visualizar os contrastes entre umas e outras.
E
a análise da mobilidade das fronteiras étnicas, devida ao fluxo constante dos indivíduos que as atravessam.