Considere a gravura e o texto abaixo.
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(Maurits Cornelis Escher. Répteis, de 1943)
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O nosso espaço tridimensional é a única realidade que conhecemos. A bidimensionalidade é tão fictícia como a tetradimensionalidade, porque nada é plano, nem mesmo o espelho mais polido. Mas mesmo que partamos do princípio de que uma parede ou uma folha de papel é plana, não deixa de ser estranho que nós, como se desde sempre fosse a coisa mais normal do mundo, representemos ilusões de espaço sobre uma tal superfície. Não é muitas vezes absurdo desenhar meia dúzia de linhas e depois afirmar: Isto é uma casa?
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(ESCHER, M. C. Gravuras e Desenhos. Hamburgo: Taschen (Trad. Maria Odete Conçalves – Koller, 1994, p. 15)
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A gravura do artista holandês Maurits Cornelis Escher ilustra claramente o que ele afirma no texto, porque tanto a gravura quanto o texto se referem à
limitação da criatividade humana e dos recursos artísticos.
impossibilidade de a arte representar a realidade num plano bidimensional.
inexistência de um mundo tridimensional.
capacidade de o homem forjar estruturas e volumes a partir de superfícies planas.
criação de formas inexistentes na natureza como figuras geométricas.