Embora a bicamada lipídica forneça a estrutura básica das membranas biológicas, as proteínas de membrana desempenham a maioria das funções específicas da membrana e, portanto, fornecem, a cada tipo de membrana celular, suas características e propriedades funcionais. Como consequência, as quantidades e os tipos de proteínas das membranas são altamente variáveis. Na membrana de mielina, que atua principalmente como isolante elétrico do axônio da célula nervosa, menos de 25% da massa da membrana são constituídos por proteína. Por outro lado, nas membranas envolvidas com a produção de ATP (como a membrana interna das mitocôndrias e dos cloroplastos), aproximadamente 75% são proteínas. Uma membrana plasmática típica possui uma quantidade intermediária de proteínas, com cerca de metade de sua massa (Alberts et al., 2010).
Sobre a composição química e funcionamento das membranas biológicas, assinale a única afirmativa correta:
Nas membranas celulares, sempre há menos moléculas lipídicas do que de proteínas, pois as moléculas lipídicas são grandes quando comparadas com as moléculas de proteína.
As principais classes de lipídios que ocorrem nas membranas celulares são fosfolipídios e cerídios.
Os carboidratos têm uma distribuição assimétrica na membrana, uma vez que as cadeias oligossacarídicas das glicoproteínas ou glicolipídios estão localizadas apenas na face externa da membrana. Esta zona periférica da membrana plasmática é conhecida como glicocálix, exercendo funções na interação celular e na determinação de algumas especificidades antigênicas.
O modelo de Singer e Nicholson supõe a presença de moléculas globulares de proteína, incrustadas na bicamada lipídica. A movimentação das proteínas é impedida, ficando algumas em posição superficial e outras atravessam a bicamada de lado a lado.
Graças ao processo de difusão facilitada, o íon potássio (K+) mantém-se em maior concentração no meio intracelular, enquanto o íon sódio (Na+) mantémse em maior concentração no meio extracelular.