A intensa incorporação de jovens ao Ensino Médio brasileiro nos últimos anos tem imposto inúmeros desafios à instituição escolar. O perfil heterogêneo e a origem social diversa desses jovens, associados à estrutura social de exclusão e ao cotidiano de conflitos e violência mais extremada, suscitam novas reflexões e atitudes ao corpo pedagógico das escolas. A respeito dessas modificações mais recentes na relação entre a escola e o contexto socioeconômico dos jovens que a frequentam, é correto afirmar que:
A experiência escolar é compreendida como o que ocorre dentro dos muros da instituição escolar, suas atividades pedagógicas e as tarefas administrativas.
A condição juvenil desassocia-se da condição de aluno, por isso, a utilidade e o viés da aprendizagem têm de ser estabelecidos pelos profissionais da educação, conforme seus próprios critérios técnicos.
A socialização no ambiente escolar deixou de ser uma adesão automática e passiva a esquemas de pensamento e ação previamente definidos para se constituir numa construção da experiência conforme as peculiaridades e a orientação de sentido de cada estudante nesse processo.
Os episódios de violência observados no interior ou nos arredores de escolas públicas e privadas pelo país não dizem respeito ao sistema educacional, devendo ser considerados apenas pelo prisma do direito penal.
Mantém-se a cisão entre as regras, normas, valores e procedimentos escolares e aquilo que os estudantes trazem consigo de suas comunidades e famílias, como a religião, costumes, preferências musicais, formas de entretenimento, dentre outros.