Em sua clássica obra Ciência e política: duas vocações, Max Weber, ao propor “três tipos de dominação legítima”, atribui ao que
designa de “dominação tradicional” a seguinte característica:
A
Repousar sobre a autoridade de um “passado eterno”, ou seja, sobre os costumes sacralizados por uma validez imemorial
e pelo hábito, enraizado nos homens, de respeitá-los.
B
Repousar nos “dons pessoais e extraordinários de um indivíduo” cujas qualidades prodigiosas ou o heroísmo são tradicionalmente
notados pelos dominados.
C
Impor-se em virtude da “crença na validez de um estatuto legal e de uma ‘competência’ positiva, fundada em regras racionalmente
estabelecidas”.
D
Ser essencialmente moderna e atrelada ao Estado burocrático que, em virtude de suas características, é tradicionalmente
respeitado pelos dominados.
E
Ser expressão da tradição e, enquanto tal, figurar como um estatuto ao qual se deve respeitar por corresponder a regras
qualificáveis como racionais.