No século XIX, podemos afirmar que uma das formas de sujeição dos doentes mentais, dentro das estratégias utilizadas pelo tratamento moral, foi
introdução do trabalho com utilização ordenada e controlada do tempo, como recurso terapêutico com pretexto ressocializante,favorecendo a ordem e a disciplina como forma de rentabilização econômica para o asilo com o trabalho gratuito dos internos.
implantação do racionalismo experimentalista com a afirmação do cientificismo como atitude intelectual, com o advento da Filosofia Positivista e Escola do Pensamento Científico, tendo como objeto de enfoque do tratamento da doença mental o cérebro humano.
predomínio da concepção organicista da doença mental com a realização de estudos clínicos e cirúrgicos para localização de alterações encefálicas que seriam responsáveis pelas condutas do doente mental.
predomínio do tratamento do doente mental através da pesquisa do cérebro humano e a Teoria da Psicobiologia, explicada por conceitos anatômicos, bioquímicos e endócrinos com concepção organicista.
princípio do confinamento e isolamento do convívio social, com exclusão dos loucos e marginalizados sociais com sofrimento de ações punitivas dentro de um regime semipenitenciário e semicaritativo, sob o mesmo estatuto legal e enquadramento