A violência intrafamiliar é um fenômeno psicossocial que demanda práticas interventivas e avaliativas de diversos campos do conhecimento. Nesse rol, a psicologia consta como uma atuação imprescindível. Em relação a essa atuação, o profissional deve pautar sua prática em pressupostos éticos e técnicos alinhados com a legislação infanto-juvenil brasileira. Nesse sentido, é CORRETO afirmar que:
à medida que a violência intrafamiliar aponta a violação de direitos fundamentais dos envolvidos, entende-se que a atuação da psicologia tem como aspecto fundamental em sua prática a avaliação psicológica dos agressores e, como compromisso técnico, a denúncia destes.
o ordenamento jurídico brasileiro, por meio de algumas de suas leis, busca inibir a violência intrafamiliar. Um dos dispositivos jurídicos nesse sentido é o Estatuto da Criança e do Adolescente, que tem se mostrado enormemente ineficiente por conta de defender a garantia de direitos em detrimento da defesa de deveres desses menores, tornando essa lei significativamente incoerente diante das normativas internacionais.
maus tratos, negligência e abandono de crianças e adolescentes muitas vezes denunciam e presentificam um processo relacional familiar em que as violações de direitos destes como sujeitos de direitos está cronificada.
as violências são sintomas sociais. Sendo assim, quando a psicologia atua em práticas interdisciplinares, abre possibilidades de ações menos dicotômicas e reducionistas. Um exemplo dessa atuação é a parceria com a psiquiatria a fim de que a medicalização dos sujeitos autores de violência, bem como de suas vítimas, seja a forma sine qua non para prevenir novos eventos e reincidências.