Elaborada por Marlatt e Gordon em meados de 1980, a prevenção de recaída é o conjunto de técnicas que tem como foco a manutenção da mudança de comportamento (Zanelatto e Laranjeira, 2013).
Sobre essa abordagem, é INCORRETO afirmar:
A prevenção de recaída não é baseada nos pressupostos da psicologia do aprendizado social e do comportamento aditivo como hábito adquirido e sim no pressuposto de que o comportamento dependente teria uma causa psicológica subjacente; conhecendo essa causa, pode-se trabalhar como chegar ao controle e desenvolver habilidades de enfrentamento.
Inicialmente pensada com o objetivo de fazer a manutenção da mudança de hábitos no tratamento da dependência química, a prevenção de recaída atualmente abarca todos os comportamentos considerados aditivos, como por exemplo, os do transtorno alimentar, jogo patológico, entre outros.
De acordo com essa abordagem, a primeira etapa do tratamento é reconhecer que o comportamento dependente é um problema e a partir daí, então, o indivíduo poderá pensar em estratégias para mudança.
A prevenção de recaída é composta por duas estratégias essenciais: treinamento de habilidades sociais e mudanças de estilo de vida.
As situações de alto risco, que aumentam as chances de ocorrência de lapsos e recaídas, são o foco principal de trabalho da prevenção de recaída, que tem como objetivo reconhecê-las e evitá-las quando necessário e possível, ensinando o indivíduo a lidar com tais situações.