A invenção da fotografia no século IX, revolucionou e surpreendeu pela rapidez com que a nova técnica capturava a imagem com precisão e realismo, efeito que para a pintura e a escultura exigia um longo e árduo trabalho do artista. Santaella (2015) comenta: “Embora a fotografia e a arte nunca tenham deixado de manter sua autonomia relativa, também nunca cessaram de manter relações de atração e repulsa, de incorporação e rejeição. Se, durante o século XIX, era a fotografia que aspirava à condição da arte, no século XX foi a arte que se impregnou de certas lógicas formais, conceituais, perceptivas, ideológicas, entre outras, que são próprias do fotográfico”. (2005, p.23).
Discussões à parte, é correto afirmar que:
A fotografia, como técnica, foi considerada uma evolução da pintura e seu status, como arte, foi de imediato reconhecido e tornou-se incontestável.
A invenção da fotografia maravilhou os expressionistas, que logo viram na nova técnica a possibilidade de realizar o que a pintura jamais conseguiu: capturar a essência das formas.
Apesar das controvérsias em torno da fotografia artística, muitos artistas do século XIX atribuíram valor comercial às reproduções fotográficas de suas obras.
Nos anos 1970, movimentos artísticos como land art e performance, com seus projetos efêmeros, trouxeram a fotografia para dentro das galerias de arte, como recurso de registro visual e documentação da obra, no ato de sua realização.
Após a invenção da fotografia, no século XIX, seguiu-se um período de negação. Mas a pintura perdeu, aos poucos, seu espaço para a fotografia, a partir do século XX, superada pelo realismo da nova técnica.