Um paciente de 82 anos de idade, portador de
hipertensão arterial sistêmica mal controlada, em uso
irregular de valsartana 160 mg/dia e hidroclorotiazida
25 mg/dia, foi admitido após relato de instalação súbita de
fraqueza no hemicorpo direito há duas horas. Familiares
negam história pregressa ou familiar de episódios
semelhantes. Ao exame, apresentou PA de 194 x 120 mmHg,
FC de 114 bpm, com pulso rítmico e cheio, e glicemia capilar
159 mg/dl. Ao exame neurológico, mostrou‐se desatento e um
pouco sonolento, com hemiplegia e anestesia completa à
direita. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. Ausência de
nistagmo. Força muscular preservada à esquerda e
sensibilidades superficial e profunda preservadas à esquerda.
Sem outros achados alterados.
Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa
correta.
A
A tomografia de crânio sem contraste tem um alto
valor preditivo negativo para infartos isquêmicos
pequenos.
B
O risco de complicações hemorrágicas da trombólise
nos pacientes com diagnóstico de acidente vascular
cerebral isquêmico é maior nos indivíduos com
trombólise tardia que nos indivíduos com trombólise
precoce.
C
Considerando o diagnóstico de acidente vascular
cerebral isquêmico, o paciente encontra‐se na janela
ideal para a terapia de reperfusão com trombolítico,
não havendo, porém, benefício comprovado para os
pacientes acima de oitenta anos de idade.
D
O diagnóstico mais provável é o de acidente vascular
cerebral hemorrágico, seguido de acidente vascular
cerebral isquêmico.
E
A terapia endovascular é a opção ideal para a oclusão
de vasos grandes da circulação posterior em pacientes
com diagnóstico de acidente vascular cerebral
isquêmico e contraindicações à trombólise.