Na análise de uma massa de guaraná, enviada
de Santarém no Pará, para a Cidade de São Paulo,
foi proposto que se utilizasse a metodologia de
extração da massa, descrita na Farmacopéia
Brasileira, 3ª Edição (uso de Soxhlet e clorofórmio
como líquido extrator) com análise quantitativa
posterior por espectrofotometria de ultravioleta. Caso
se substituísse o processo de extração por dissolução
da massa em clorofórmio, e posterior extração por
colocação do becher ou similar, contendo o material
dissolvido, em banho de ultra-som por 30 minutos,
poderiam ser esperadas em termos teóricos as
seguintes modificações nos resultados do método e
na tentativa de se validar o mesmo:
A
um aumento no teor de cafeína, em relação ao
método farmacopéico, mostrando o método novo
ser mais eficiente em termos de rendimento, mas
não necessariamente em termos de seletividade;
B
no desenvolvimento dos experimentos para
determinar a linearidade do método, serão obtidos
valores de absorvância maiores que aqueles
obtidos com o uso do método farmacopéico, visto
que ocorre um aumento no teor de cafeína na
amostra;
C
nenhuma alteração poderá ser detectada, uma vez
que a massa de guaraná é totalmente solúvel em
clorofórmio, não sendo a forma de extração de vital
importância nesta análise;
D
o teor final de cafeína medido poderá ser menor
que o obtido no método farmacopéico, uma vez
que o uso de Soxhlet é reconhecidamente mais
eficiente que o uso de ultra-som apenas;
E
a cafeína degrada pela ação do ultra-som, sendo
inviável a análise pela nova metodologia proposta.