No Brasil, por volta dos anos de 1860, as áreas iniciais de produção de borracha encontravam-se esgotadas pela exploração predatória. Intensificou-se, então, a migração em busca dos seringais nativos do Madeira, porém essa ocupação não passou, com sucesso, até o último quartel do século, do ponto médio daquele rio.
Marco Teixeira e Dante Fonseca. História Regional: Rondônia. Porto velho: Rondoniana, 1998 (com adaptações).
Considerando o texto apresentado, assinale a opção correta, a respeito da mão de obra dos seringais do Alto Madeira.
A expansão dos seringais em Rondônia exigiu a importação de mão de obra de outras regiões brasileiras, como o Nordeste e o Sudeste, devido ao fato de tais trabalhadores estarem acostumados ao trabalho disciplinado, fundado nas relações capitalistas mediadas pelo salário.
A expansão dos seringais, na segunda metade do século XIX, baseou-se em um sistema capitalista com trabalhadores livres, uma vez que não havia mais relações escravistas de produção no Brasil.
O trabalho intenso e extenuante, as relações de dependência e o isolamento fizeram com que os seringueiros abandonassem os cultivos de subsistência, aumentando, assim, suas dívidas com os donos dos seringais, o que resultou em um processo de intensa exploração da mão de obra.
As relações entre as áreas de seringais do Acre e de Rondônia com a vizinha Bolívia sempre foram conflituosas, razão pela qual os donos dos seringais preferiam o trabalhador brasileiro ao trabalhador boliviano ou aos indígenas locais.
O mercado de trabalho dos seringais em Rondônia impulsionou um ciclo de desenvolvimento no antigo território, com a criação de cidades, portos, ferrovias e, posteriormente, com o desenvolvimento da indústria de transformação local.