As revoltas do período regencial não se enquadram em uma moldura única. Elas tinham que ver com as dificuldades da vida cotidiana e as incertezas da organização política, mas cada uma delas resultou de realidades específicas, provinciais ou locais.
(Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. p. 142)
O período regencial sucedeu à abdicação do imperador Pedro I, em 1831, e estendeu-se até o “golpe da maioridade” de Pedro II, em 1840. Pode-se citar, como exemplo das diferenças entre as rebeliões do período, o fato de algumas
apoiarem o governo do regente padre Feijó, e outras, a monarquia dos Braganças.
defenderem a Constituição outorgada, e outras, o absolutismo monárquico.
advogarem a união com a América espanhola, e outras, a independência política.
serem inteiramente protegidas pelo governo, e outras, massacradas pelo Estado.
terem ocorrido em meio a sociedades urbanas, e outras, em áreas rurais.