Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, realizados em 2021 por causa da pandemia de covid-19, o comportamento da norte-americana Simone Bailes, principal nome da ginástica artística mundial até aquele momento, chamou muito a atenção da mídia e dos espectadores. Alegando questões psicológicas e emocionais, a atleta deixou de competir na final por equipes. Alguns veículos da mídia buscaram dar um tratamento mais humano ao caso e, por esse lado, tomando como base o escritor por Betti (2001), estiveram mais próximos do que ele chama de
Esporte da mídia, uma vez que houve uma supervalorização e espetacularização de uma crise pessoal da atleta.
Esporte da mídia, já que a discussão foi pautada por interesses econômicos e pelas perdas financeiras geradas pela desistência da atleta.
Esporte na mídia, uma vez que tentou-se dar mais voz e atenção aos problemas emocionais da atleta, inclusive alertando para existência de mais problemas semelhantes aos dela.
Esporte na mídia, aproveitando da crise com a melhor atleta para aumentar o tempo de exposição da modalidade na televisão.
Esporte espetacularização, supervalorizando a ginástica artística a partir da exposição do drama pessoal de sua maior estrela, como habitualmente a mídia faz.