A um poeta
Olavo Bilac
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
[...]
BILAC, Olavo. In: CANDIDO, Antonio. Presença da literatura brasileira. São Paulo: Difel, 1966. p. 256.
Os trechos sublinhados nos versos indicam que a atividade do escritor
refaz a vida nas ruas a partir da clausura.
é árdua e se compõe dos rumores da vida.
encontra no turbilhão da rua a sua matéria.
elabora-se no recolhimento e na ausência dos rumores.
é uma fusão perfeita entre a quietude e o turbilhão da rua.