A doença do novo coronavírus 2019 (COVID-19), causada pelo vírus SARS-CoV-2, se constitui uma das principais pandemias que já acometeram a humanidade com um número crescente de mortes. Dentre as características estruturais e moleculares comuns aos coronavírus, está a presença da glicoproteína Spike (S) que atua no processo de infecção celular. Sobre esta glicoproteína, é correto afirmar:
A glicoproteína Spike é altamente conservada e estável o que faz com que não seja necessária a realização de um rearranjo estrutural no momento da interação com a célula hospedeira.
A glicoproteína Spike é relativamente pequena, com comprimento total de 600 resíduos de aminoácidos que podem ser agrupados em subunidade S1 e subunidade S2.
O domínio de ligação ao receptor está localizado na subunidade S2, o que torna essa região um alvo promissor para prospecção de antivirais seletivos contra a Spike do SARS-CoV-2.
Na infecção das células pelo SARS-CoV-2, o domínio de ligação ao receptor se liga a receptores celulares ACE2, resultando na modificação da conformação da subunidade 2 e consequente fusão viral e entrada na célula.
A glicoproteína Spike é formada por dímeros que formam visualmente um halo característico em forma de coroa, bulboso, em torno da partícula viral.