Para Antônio Sérgio Guimarães, hoje, o conceito de “raça” é o de “raça social”, ou seja, não se trata de um dado biológico, mas de “construtos sociais, formas de identidade baseadas numa ideia biológica errônea, mas eficaz socialmente, para construir, manter e reproduzir diferenças e privilégios” (GUIMARÃES, A. S. A. Raça e os estudos de relações raciais no Brasil. Novos Estudos. São Paulo, n. 54, p.147, jul. 1999).
Com base na afirmação de Guimarães, o conceito de raça na sociedade atual:
Contribui para o fim das desigualdades raciais ao valorizar a diversidade dos afrodescendentes e indígenas.
Desfaz a ideia de racismo ao valorizar a cultura negra.
É utilizado como forma de controle, de manutenção da hierarquia social e é decisivo na formação das desigualdades raciais e sociais.
É percebido pelo grupo negro como uma projeção da identidade racial válida principalmente no sentido cultural.
Induz a população a acreditar na validade das diferenças biológicas entre as raças.