A sepse é definida como a presença de disfunção orgânica ameaçadora à vida, causada por uma desregulada resposta do organismo frente a uma infecção. A definição de sepse foi recentemente atualizada em 2016 pelo Sepsis-3, e seu tratamento deve ser norteado pelo guideline da surviving sepsis campaign, recém atualizado em outubro de 2021. Sobre a sepse, é INCORRETO afirmar:
Seu diagnóstico é feito por meio da avaliação de disfunções orgânicas pelo escore de SOFA (Sequential Organ Failure Assessment), sempre que houver uma infecção suspeita ou confirmada associada a um SOFA ≥ 2 pontos.
O tratamento inicial da sepse e choque séptico consiste na administração de 30ml/Kg de solução cristaloide e início precoce (idealmente em até 1 hora da admissão) de antibioticoterapia de amplo espectro e dirigida ao foco infeccioso.
Em pacientes que persistam hipotensos a despeito de adequada reposição volêmica inicial e que necessitem de doses crescentes de vasopressor para manter uma pressão arterial média adequada, recomenda-se o uso de hidrocortisona na dose de 200mg/dia.
Recomenda-se o uso de parâmetros dinâmicos de fluidorresponsivade (variação de pressão de pulso, elevação passiva dos membros, volume sistólico e índice de colapsabilidade da veia cava), ao invés de parâmetros estáticos e exame físico, em pacientes que ainda persistam hipotensos ou com evidência de má perfusão periférica após reposição volêmica inicial.
Choque séptico consiste em um subgrupo de pacientes com sepse com uma mortalidade muito alta, se não tratado adequadamente, e é definido por hipotensão persistente com necessidade de drogas vasopressoras.