Está estudando para Agente Administrativo - Prefeitura de Tenente Laurentino Cruz - RN? Veja o Programa de Estudo que preparamos para você:
Questão 1 - Compreensão e Interpretação de Texto
Concurso: Prefeitura de Tenente Laurentino Cruz - RN 2007
Cargo: Agente Administrativo
Banca: MULT-SAI
Nível: Médio
Leia, com atenção, o texto abaixo para responder às questões propostas.
Ouço muito: um bom texto deve ser claro e conciso.
Não há dúvida de que a clareza é a principal qualidade do texto. Ser conciso, entretanto, é uma luta muito árdua.
Ser conciso é dizer o necessário com o mínimo de palavras, sem prejudicar a clareza da frase. É ser objetivo e direto.
E aqui está a nossa dificuldade. Nós brasileiros, estamos habituados a falar muito e dizer pouco, a escrever mais do que o necessário, a discursar mais para impressionar do que comunicar.
Para muitos, esse hábito começa na escola. É só fazer uma sessão nostalgia e voltarmos aos bons tempos de colégio, às gloriosas aulas em que o professor anunciava: Hoje é dia de redação. Você se lembra da alegriaque contagiava a turma? Você se lembra de algum coleguinha que dizia estar inspirado? Você se lembra de algum tema para a redação que tenha deixado toda a turma satisfeita? A verdade é que não aceitávamos tema algum. Pedíamos outro tema. Se o professor apresentasse vários temas, pedíamos tema livre. E se fosse tema livre, exigíamos um. Era uma insatisfação total. Depois de muita briga, o tema era democraticamente imposto. E aí vinha aquela tradicional pergunta: Quantas linhas?A resposta era original: No mínimo 25 linhas.Eu costumo dizer que 25 é um número traumático na vida do aluno. A partir daquele instante, começava um verdadeiro drama na sua vida: Meu reino pela 25ª linha. Valia tudo para se chegar lá. Desde as ridículas letras que engordavam repentinamente até a famosa encheção de lingüiça.
E aqui pode estar a origem de tudo. Nós nos habituamos a encher lingüiça. Pelo visto, há políticos que fizeram pós-graduação no assunto. São os mestres da prolixidade. Falam, falam e não dizem nada. Em algumas situações não têm o que dizer, às vezes não sabem explicar e muitas vezes precisam engordar.
O problema maior, entretanto, é que a doença atinge também outras categorias profissionais.
Vejamos três exemplos retirados de bons jornais:
1 A largada será no Leme. A chegada acontecerá no mesmo local da partida. Cá entre nós, bastava ter escrito: A largada e a chegada serão no Leme.
2 O procurador encaminhou o ofício à área criminal da Procuradoria determinando que seja investigado... Sendo direto: O procurador mandou investigar.
3 A posição do Governo brasileiro é de que esgotem todas as possibilidades de negociação para que se alcance uma solução pacífica.
Enxugando a frase: O Brasil é a favor de uma solução pacífica.
Exemplos não faltam, mas espaço sim. Por hoje é só. Prometo voltar ao assunto.
(Sérgio Nogueira Duarte Jornal do Brasil)
A partir do artigo de Sérgio Nogueira, é possível deduzir-se que:
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A.
A classe política e três outras categorias profissionais "enchem lingüiça";
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B.
A concisão excessiva pode prejudicar o entendimento de um texto;
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C.
Os brasileiros são prolixos porque gostam de "enrolar";
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D.
Os alunos tinham dificuldade em expressar com clareza suas idéias.