Leia o poema.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(OSWALD DE ANDRADE, O. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972).
A análise adequada desse poema ocorre em:
O poeta defende uma ruptura com os padrões da língua literária culta e busca de uma língua brasileira, que incorpora os “erros” gramaticais como verdadeiras contribuições para a definição da nacionalidade.
Embora estejam presentes no poema ideias normativas da língua, não há nenhuma tendência a provar a superioridade da linguagem coloquial.
Há a ausência de uma visão renovadora de elemento nacional com uma linguagem irônica.
No que diz respeito à linguagem do poema, há a presença de antíteses, cortes bruscos nas frases e associações livres de ideias.
Para a defesa de uma linguagem cotidiana brasileira, o poeta problematiza a questão da regência.