Nas cosmologias indígenas, os animais, as plantas e outros não humanos são importantes figuras da alteridade, que podem assumir a posição de sujeito, compreendidos como seres que têm intenções, que pensam e sentem, e com os quais se estabelecem relações sociais e políticas. O esforço de muitos antropólogos tem sido o de levar a sério essas ideias propostas pelas filosofias indígenas, como é possível observar no desenvolvimento dos conceitos de animismo, perspectivismo e multinaturalismo.
CUNHA, M. C.; MAGALHÃES, S. B. e ADAMS, C. Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil: contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças. São Paulo: SBPC, 2021.
De acordo com o texto, assinale a afirmativa correta.
A comunicação cultural permite distinguir a sociedade humana da animal, porque a transmissão de informações e a divisão do trabalho existem nas duas sociedades.
Os diálogos entre teorias antropológicas e sociológicas permitem compreender a relação entre direito dos animais e dos homens.
A carência de reflexões contemporâneas sobre questões postas pela cosmologia para a filosofia, contribuem para a incompreensão da relação homem-natureza.
Levar a sério o trabalho sensorial de animais, em diferentes situações, deve ser valorizado porque facilita entender o alcance do animismo.
A partir da visão dos povos originários, os estudos antropológicos procuram explicar como as plantas, os animais e os humanos são vistos como sujeitos que agem no mundo.