A taquicardia atrial é uma arritmia supraventricular que ocorre mais frequentemente na população pediátrica sem cardiopatia estrutural (14% das taquicardias supraventriculares neste grupo) e numa maior proporção em pacientes submetidos à correção cirúrgica de cardiopatia congênita. O eletrocardiograma de um paciente com taquicardia atrial geralmente exibe uma frequência atrial entre 120 e 200 bpm, com morfologia da onda P tipicamente diferente da onda P sinusal.
A figura representa um eletrocardiograma de um paciente com taquicardia atrial esquerda com ondas P negativas em D1 e av1, onde se observa:
as ondas P correspondentes à atividade atrial encontram-se dissociadas da atividade ventricular.
a nítida inversão da polaridade da onda P em D1 após o término da taquicardia e da aplicação de radiofrequência.
a presença de extra-sístoles atriais bloqueadas e conduzidas com aberrância de ramo direito e esquerdo.
a presença de RR irregulares e da ausência de atividade atrial organizada (ondas P).
a presença de ondas "f" com polaridade negativa nas derivações inferiores.