A história clínica e o exame físico são extremamente importantes para avaliação inicial e para abordagem terapêutica da intoxicação exógena. Eles devem ser direcionados, tentando identificar o agente da intoxicação, avaliar a gravidade e predizer toxicidade. O exame físico busca encontrar sinais e sintomas que se encaixam no quadro de uma das grandes síndromes tóxicas. O reconhecimento da síndrome permite a identificação mais rápida do agente causal e, consequentemente, a realização do tratamento adequado. Sobre o assunto, assinale a alternativa que melhor correlaciona o diagnóstico sindrômico com suas características clínicas.
Síndrome anticolinérgica: é caracterizada por ansiedade, agitação, alucinação, confusão mental, miose, taquicardia, hipertensão. Exemplos: antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, antiparkinsonianos.
Síndrome colinérgica: é caracterizada por confusão mental e midríase. Hipersalivação, broncorreia, broncoespasmo, lacrimejamento e sudorese intensa podem estar presentes. Exemplos: carbamato, organofosforado, inibidores da MAO (monoamina oxidase).
Síndrome serotoninérgica: é caracterizada por confusão, agitação e coma, midríase, hipertermia, taquicardia, hipertensão, taquipneia e sudorese. Exemplos: Inibidores da MAO (monoamina oxidase), inibidores da recaptação da serotonina, antidepressivos tricíclicos, meperidina, L-triptofano.
Síndrome dissociativa: é caracterizada por agitação, desorientação, alucinação, despersonalização, distorções perceptivas, sinestesias, labilidade de humor e geralmente midríase. Exemplos: Alfa e betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, amiodarona, digital, carbamato, organofosforado.
Síndrome adrenérgica ou simpatomimética: é caracterizada por agitação, desorientação, alucinação, despersonalização, distorções perceptivas, sinestesias, labilidade de humor e geralmente midríase. Exemplos: LSD, anfetaminas, êxtase, fenciclidina.