Uma paciente de 30 anos de idade deu entrada na urgência de um grande hospital geral da cidade de São Paulo. Apresentou-se, no momento do acolhimento, com diversos hematomas na região da cabeça e dos braços, bem como com suspeita de costelas quebradas. Na ocasião do acolhimento, mostrava-se consciente e com atenção e percepção preservadas. Ao ser indagada pela equipe médica quanto às causas das lesões e dos ferimentos, a paciente relata ter “caído da escada” da própria casa. Após receber os cuidados necessários para o momento, foi encaminhada à radiologia, que constatou fratura em duas costelas. Então, a paciente foi conduzida à ortopedia para realização de procedimento cirúrgico, a fim de sanar as fraturas constatadas. Enquanto aguardava a cirurgia, a paciente recebeu a visita de uma psicóloga do hospital e, na conversa, relatou não ter para onde ir após receber alta do hospital, dizendo ser “muito perigoso permanecer em casa”. Indagada a respeito de com quem mora, apenas relatou que ainda compartilha moradia com o ex-marido, de quem se separou há cerca de um mês.
Considerando as informações desse caso hipotético, assinale a alternativa correspondente a uma conduta correta por parte da profissional de psicologia.
A psicóloga deve manter o sigilo da informação e buscar sensibilizar a paciente para adesão em processo psicoterápico.
O hospital, enquanto unidade de alta complexidade, deve oferecer todos os serviços necessários para que a paciente se recupere fisicamente e possa ter os respectivos direitos garantidos.
O caso demanda que a psicóloga preencha ficha de notificação compulsória e informe a Secretaria Estadual de Vigilância, além de realizar os encaminhamentos necessários para a rede de serviços existentes para essa demanda.
Nesse caso, a equipe tem a obrigação de oferecer denúncia formal à delegacia especializada de atendimento à mulher.
Além de produzir notificação compulsória à delegacia especializada, a psicóloga tem a obrigação de propor terapêutica à paciente no sentido de empoderá-la, para que ela possa sair do relacionamento abusivo.