Uma paciente de 22 anos de idade, cuja menarca foi aos 14 anos de idade, comparece ao consultório alegando não aguentar mais sangramentos volumosos, que aparecem de surpresa: às vezes menstrua a cada 35 dias, às vezes chega a ficar 90 dias sem sangramento. Segundo a paciente, quanto mais longo o intervalo entre os sangramentos, mais intenso o fluxo. A paciente também relata ter ganhado peso nos últimos anos e não conseguir controle adequado. Além disso, a paciente busca método contraceptivo, por ter medo de usar apenas preservativo nas relações sexuais. A escala de Ferriman-Gallwey soma 8 pontos, mas a paciente não apresenta aumento de pelos como queixa, apesar de relatar aumento de espinhas e já ter consulta agendada com a dermatologista. A paciente apresenta os seguintes exames laboratoriais: prolactina, 17-alfa-hidroxiprogesterona, TSH/T4 livre, SDHEA, cortisol e testosterona total e livre ainda dentro do normal; a relação LH/FSH é de 3,5. A paciente não apresenta micropolicistos pelo exame de ultrassom transvaginal.
Com base nesse caso clínico, assinale a alternativa correta.
Não se trata de síndrome dos ovários policísticos, pois não há cistos na periferia dos ovários no exame de imagem; pode-se entrar com contracepção oral.
Não se trata de síndrome dos ovários policísticos, pois não há hiperandrogenismo laboratorial; a contracepção está contraindicada enquanto não há diagnóstico fechado.
A resistência insulínica é comum dentro das disfunções metabólicas na síndrome dos ovários policísticos; a contracepção oral está contraindicada, devido ao risco aumentado de eventos trombóticos.
Trata-se de síndrome dos ovários policísticos com fenótipo B; o tratamento inicial inclui atividade física e dieta adequada, além de contracepção oral combinada, que deve atenuar o hirsutismo clínico.
Trata-se de síndrome dos ovários policísticos com fenótipo D, e o tratamento inicial é contracepção hormonal oral.