“O Egito faraônico não somente representa o primeiro reino unificado historicamente conhecido, como também a mais longa experiência humana documentada de continuidade política e cultural. Mesmo não incluindo o período greco-romano - embora os monarcas helenísticos e os imperadores de Roma tenham figurado como 'faraós' em monumentos egípcios -, a história do Antigo Egito se estende por uns dois mil e setecentos anos, de aproximadamente 3000 a.C. até 332 a.C. (...) Tal história conheceu, é verdade, fases de descentralização, anarquia e domínio estrangeiro mas, durante estes longos séculos, o Egito constituiu uma mesma entidade política reconhecível.”
CARDOSO, Ciro Flamarion Santana. O Egito Antigo. Brasiliense, 6ª edição. SP. 1987. p.7
O fragmento de texto descreve, de forma resumida, sobre a longevidade histórica da civilização egípcia. Em relação às características do Egito Antigo é correto afirmar:
Possuía uma grande densidade demográfica, sem a presença de escravos, garantindo a utilização de uma abundante força de trabalho na agricultura de irrigação.
Compreendia a existência de aldeias comunitárias, com uma forte presença da propriedade privada, que eram responsáveis pelas atividades artesanais e agrícolas em larga escala.
Havia a forte presença de um Estado Despótico, impondo-se sobre as comunidades aldeãs, de base teológica, sem controle das terras e com uma organização complexa.
Destacava-se a exploração do trabalho imposta às comunidades aldeãs, assim como a apropriação de seus excedentes de produtos, coletados sob a forma de tributos.