A espiritualidade/religiosidade é considerada uma dimensão essencial nas boas práticas em cuidados paliativos, principalmente durante a fase de terminalidade. Os estudos no campo da espiritualidade e saúde cresceram de tal modo nas últimas décadas a ponto de se tornarem um campo de conhecimento próprio. Sobre o coping religioso e fim de vida é correto afirmar que:
a construção de apegos, ao nascer, poderia estar ligada com a forma com que nos conectamos com a esfera espiritual/religiosa ao final da vida (teoria de apego vs. espiritualidade/religiosidade). Esses padrões de apego são “ativados” em cenários de intenso estresse ou separação, como em casos de doenças graves, possivelmente fatais.
a espiritualidade é focada na comunidade, mensurável, organizada, impositiva no que tange ao comportamento, doutrinária, refere-se a um sistema organizado de crenças, práticas, rituais e símbolos que aproximam a pessoa do transcendente.
a religiosidade extrínseca está ligada a práticas individuais, como orações e meditações. É caracterizada como fé sólida e associa-se à busca do exercício das necessidades e interesses das próprias crenças, proporcionando motivação e sentido à vida do indivíduo.
o Coping Espiritual/Religioso – CER foi caracterizado por Pargament como positivo e negativo. O positivo está relacionado à busca de apoio e suporte espiritual, traduzido em uma posição que muitas vezes se manifesta com insatisfação em relação a Deus ou à instituição religiosa.
apesar de relatos de pacientes trazerem fortemente a espiritualidade e a religiosidade como modos de enfrentamento de doenças graves, ainda não há estudos que demonstrem que estas dimensões possuem impacto na saúde biopsicossocial, associando-se à melhora da qualidade de vida e à maior sobrevida.