Mulher de 64 anos, com história patológica pregressa de doença pulmonar obstrutiva crônica moderada, é internada para realização de gastrectomia total de adenocarcinoma gástrico. No quinto dia de pós-operatório, a paciente apresentou insuficiência respiratória aguda, necessitando de intubação orotraqueal. Após duas falhas de extubação, ela foi traqueostomizada, e a equipe de fisioterapia iniciou o processo de desmame ventilatório. Com o sucesso do desmame, a equipe multidisciplinar decidiu iniciar o processo de decanulação, já que a paciente apresentava Pemáx = 65cmH2O, fluxo máximo da tosse = 170L/min e teste de corante negativo. Sobre a decisão da equipe, avalia-se que foi:
precipitada, pois tanto o fluxo máximo de tosse quanto o valor da Pemáx revelam a incapacidade de eliminar secreções adequadamente, apesar da deglutição de saliva ser eficaz
acertada, pois o desmame foi bem sucedido e, apesar da Pemáx baixa, o fluxo máximo da tosse e o teste de corante negativo garantem a proteção das vias aéreas
precipitada, pois, apesar do sucesso no desmame, o fluxo máximo de tosse apresentava valor abaixo do desejável para iniciar o processo de retirada da cânula
acertada, pois o motivo que levou à traqueostomia foi resolvido, e a paciente apresentava tosse efetiva e deglutição de saliva adequada