“A música é uma linguagem universal, mas com muitos dialetos, que variam de cultura para cultura envolvendo a maneira de tocar, de cantar, de organizar os sons e de definir as notas básicas e seus intervalos [...] A música é linguagem. Assim devemos seguir, em relação à música, o mesmo processo de desenvolvimento que adotamos quanto à linguagem falada, devemos expor a criança à linguagem musical e dialogar com ela sobre e por meio da música. Como acontece com a linguagem, cada civilização, cada grupo social, tem sua expressão musical própria.”
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. São Paulo: Editora Scipione, 1997.
Diante dessa concepção de música, é correto afirmar que:
O educador musical escolar, antes de transmitir sua própria cultura musical, deve pesquisar o universo musical a que a criança pertence e encorajar atividades relacionadas com a descoberta e a criação de novas formas de expressão através da música.
O educador musical escolar precisa, primeiramente, possibilitar ao aluno a vivência musical do repertório de domínio do professor, aquele historicamente organizado, para o ensino e aprendizagem consistente e eficaz.
Ao ensinar música na escola, o professor precisa oferecer a cada criança um instrumento musical e seguir um método de ensino, para possibilitar a aprendizagem gradativa da linguagem musical que é fruto da performance instrumental. Esta prática possibilitará uma bagagem técnica ampla, essencial para toda a experiência musical.
Os dialetos musicais, citados por Nicole Jeandot, são os diferentes timbres característicos dos povos, ou seja, são caracterizados pela origem dos instrumentos musicais utilizados em cada uma das expressões regionais.
É importante que a criança aprenda o repertório do educador, o qual precisa ser delimitado em determinado povo, época, formas ou em um compositor a cada ano letivo.