É antiga a luta pela democratização da escola nas suas dimensões quantitativa e qualitativa. Há registro desta luta antes mesmo de 1956, ano do pronunciamento de Anísio Teixeira a respeito da escola pública universal e gratuita, no primeiro Congresso do Ensino Primário, em São José do Rio Preto, São Paulo. Diante do movimento histórico por uma educação para todos, assim se manifesta Teixeira:
há que se garantir, sobretudo, a expansão da matrícula na escola, independentemente da expansão da rede física e da qualidade das suas condições pedagógicas.
as legítimas reivindicações educacionais têm levado mais a um movimento de dissolução do que de expansão da escola pública, universal e gratuita.
O importante é manter as escolas existentes para as elites e para o povo e cuidar de aperfeiçoá-las como bons modelos.
é necessária a construção de um sistema dual de educação escolar, coerente com as classes sociais da sociedade brasileira.
a educação pode ser ministrada pelo Estado ou pela sua parceria com o setor privado, concedendo- se às escolas particulares subsídios para atender o excedente de matrícula na escola pública.