Raymundo Faoro, em sua clássica obra Os Donos do Poder,
ao confrontar o Estado patrimonial com o feudal, já se
referia ao sistema patrimonial como aquele que, ao contrário
dos direitos, dos privilégios e das obrigações fixamente
determinados do feudalismo, prende os servidores em uma
rede patriarcal, na qual eles representam a extensão da casa
do soberano.