No livro “A interpretação das culturas”, Clifford Geertz defende um conceito semiótico de cultura. Ele afirma: “acreditando, como Max Weber, que o homem é um animal amarrado a teias de significado que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa à procura do significado” (1989:4). Para esse autor, o método que corresponde a essa perspectiva da cultura é:
A análise de textos, cuja interpretação antropológica consiste em interpretações de segunda e terceira mão, porque somente um nativo faz interpretação de primeira mão.
A descrição densa, por se tratar da observação, registro e análise das totalidades sociais que permitem dar conta de análises amplas e abstratas da vida social.
A descrição etnográfica entendida como uma atividade interpretativa do fluxo do discurso social, que possa ser fixado em formas pesquisáveis, realizada em nível microscópico.
A descrição densa entendida como uma descrição do que os nativos fazem e dizem, em termos de sua própria cultura.
A descrição densa entendida como a interpretação das teias de significado que amarram o homem a uma cultura, a fim de descobrir as regularidades da vida social.