O antropólogo norte-americano Marshall Sahlins produziu diversas obras que são de grande importância até hoje na antropologia. Entretanto, uma das suas obras tornou-se um tema polêmico e deu origem a um grande debate acadêmico. O debate acadêmico teve início em 1983, quando o pesquisador norte-americano abordou a questão do assassinato do capitão inglês James Cook pelos nativos havaianos. Segundo Sahlins, o assassinato do capitão inglês teria como origem uma interpretação religiosa dos nativos que o identificaram como o deus havaiano Lono. Essa tese foi alvo de crítica pelo antropólogo do Sri Lanka Gananath Obeyesekere, em sua obra The Apotheosis of Captain Cook . Uma crítica de Gananath Obeyesekere a Marshall Sahlins foi:
Gannath Obeyesekere defende que a interpretação de Shalins sobre o assassinato do capitão Cook é acertada, mas carece de trabalho de campo.
Segundo Gannath Obeyesekere, os nativos havaianos eram racionais e, portanto, não confundiriam o capitão inglês Cook com o Deus havaiano Lono.
A crítica de Obeyesekere é acerca da desvalorização que Marshall Shalins destina à cosmologia havaiana e, em especial, ao Deus Sauva.
Para Obeysekrere, o caso do assassinato do capitão Cook é apenas um fato corriqueiro e sem importância, ao contrário do que é defendido por Marshall Sahlins.