Rodar a baiana
“Quem nunca?” A expressão quer dizer dar um escândalo em público e teria se originado nos blocos de Carnaval do Rio de Janeiro no início do século XX. Dizem que nessa época alguns malandros aproveitavam a folia para dar beliscões no bumbum das moças dos desfiles até que capoeiristas passaram a se fantasiar de baianas para proteger as garotas do assédio. Daí, quando algum engraçadinho desavisado avançava o sinal, levava um golpe de capoeira e, quem estava de fora, só via a “baiana rodar” sem entender direito o que estava acontecendo.
(A origem de 40 expressões populares brasileiras. r7.com.)
“Rodar a baiana” é uma expressão linguística especificamente brasileira. O Brasil tem uma notável diversidade criativa, em seus mais variados aspectos. Entendidas em seu sentido amplo, as práticas culturais compreendem desde políticas públicas, linguagens, até os eventos mais cotidianos da vida em sociedade, sobre os quais podemos afirmar que:
A comunidade internacional reconhece formalmente a natureza cultural e econômica das expressões culturais contemporâneas desde que produzidas por artistas e profissionais da cultura.
O desaparecimento da língua de fato nacional, de falares e expressões do vernáculo brasileiro de fato é uma grande ameaça para a nossa herança cultural, bem como para nossa criatividade e inovação.
O Estado é por excelência o provedor na elaboração de conceitos, metas e políticas em favor da diversidade das expressões culturais, com ênfase às culturas e alguns credos, bem como dos saberes sistematizados.
Cada vez mais a informação e o conhecimento são determinantes-chave na geração de riquezas, na transformação social e no desenvolvimento humano. A língua é ainda um dos principais meios para transmitir informação e conhecimento.
As culturas indígenas possuem uma riqueza de conhecimentos essenciais nas expressões culturais contemporâneas; no entanto, guardam um grave deficit: só podem ser valorizadas como patrimônio imaterial, pois não possuem registros gráficos.