O Serviço de Proteção aos Índios e Localização
de Trabalhadores Nacionais (SPILTN) foi criado
em 1910 a partir das redes sociais que ligavam
integrantes do Ministério da Agricultura, Indústria
e Comércio (MAIC), do Apostolado Positivista e do
Museu Nacional. O SPI foi a primeira agência leiga
do Estado brasileiro a gerir povos indígenas e suas
principais iniciativas, desde sua criação, estiveram
voltadas para a pacificação de grupos indígenas em
áreas de colonização. Considerando as análises
propriamente antropológicas sobre o seu histórico
de atuação, como os trabalhos de Antônio Carlos de
Souza Lima, o SPI pode ser melhor definido como:
A
uma agência exclusivamente humanitária,
cingida por obrigações éticas e legais de
proteger os índios do avanço da civilização.
B
um simples instrumento de dominação das
populações das cidades sobre os silvícolas.
C
uma agência unicamente econômica, com vistas
a tirar os índios da indolência e transformá-los
em trabalhadores produtivos.
D
a formalização institucional de um poder
tutelar estatizado, a ser exercido sobre povos
e territórios indígenas, voltado a assegurar o
controle legal e as ações incidentes sobre estes.
E
uma agência política patrimonial, com vistas
a empregar os ex-membros da Comissão de
Linhas Telegráficas e Estratégicas do Mato
Grosso ao Amazonas.