Nelson Triunfo, um dos precursores da cultura hip-hop no Brasil e um dos principais dançarinos de soul e breaking no país, comenta:
Espero que o Hip Hop se mantenha como um movimento social, musical, educacional, politizado e transformador também. E que as pessoas envolvidas não tenham medo de interagir com outras manifestações culturais e artísticas, ou com os esportes, por exemplo. Não podemos ter medo de diversificar, mudar, evoluir, parar no tempo.
NELSON TRIUNFO apud ALESSANDRO BUZU. Hip Hop: dentro do movimento. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2010, p. 30.
Considerando o contexto do autor e que as danças urbanas trazem possibilidades para o corpo se tornar ainda mais expressivo, é correto afirmar que
o hip-hop é mais que um gênero musical, pois mistura as formas artísticas também da dança, da pintura e da poesia. Sua subcultura iniciou-se durante a década de 1970, nas áreas centrais de comunidades negras da Inglaterra.
o movimento artístico da periferia vem crescendo, tendo se iniciado com a dança do passinho, com o grafite nas artes visuais e com a poesia concreta na literatura. Todas essas linguagens estão interligadas ao trabalho corporal.
hip-hop é todo movimento que surge nas tradições populares afro-ameríndias. Mesmo assim, agrega em suas dinâmicas exercícios de preparação, como aquecimento, alongamento, jogos e técnicas tais como a dança do passinho, funk, rappers e DJs.
a dança do passinho, o funk e o charme são movimentos artísticos periféricos que acontecem no Brasil e envolvem o corpo e o desafio da poesia e da rima. Aproveitar suas músicas e ritmos é uma forma de se aproximar dos jovens e estar atento às questões atuais.