Em 2020, Daiara Tukano participou do Circuito Urbano de Cultura e Arte de Belo Horizonte (CURA) e realizou o maior mural urbano de uma artista indígena no mundo, com a imagem de uma mãe carregando o seu filho no colo.
Daiara Tukano, Selva, mãe do rio Menino, Belo Horizonte/2020, 1000 m2
Em entrevista sobre sua obra, a artista afirmou:
É uma pintura que eu pensei especificamente para esse momento: estamos passando por uma situação muito difícil enquanto povo indígena por causa da pandemia de Covid-19. Fico honrada de poder trazer um pouco desse sentimento para a arte urbana e principalmente para a paisagem de Minas Gerais, um lugar marcado pela colonização e pela memória de todo tipo de violência sofrida por nossos parentes indígenas. Essa obra também representa a mãe natureza que carrega o seu filho, um rio menino, que só nasce onde tem mata, porque é ela que permite que a terra possa respirar, que a água possa circular, que o planeta possa estar vivo.
Adaptado de https://www.premiopipa.com.
Considerando o depoimento, as afirmativas a seguir descrevem corretamente o sentido de arte pública para a artista, à exceção de uma. Assinale-a.
Um modo de dar visibilidade à cultura indígena e de tematizar esteticamente o direito à memória dos povos ancestrais.
Uma denúncia pública da poluição das terras do povo Tukano no Alto Rio Negro e a defesa de sua demarcação.
Um instrumento criativo de comunicação, militância e arte visual relacionado aos direitos humanos e à cosmovisão ancestral indígena.
Uma intervenção cultural em espaço coletivo que traz para o meio urbano o sentimento de soberania e de pertencimento à natureza.
Uma oportunidade de representar a natureza e trazer à tona o problema da preservação ambiental mediante a visualidade da cultura de seu povo.