Analise o que afirma Mesquita (2001, 36; 38) sobre a montagem de “Macuna ma” feita por Antunes Filho e pelo Grupo de Arte Pau Brasil em 1978:
“Organizados nesse espaço rígido, de costas para a plateia, fazem vocalmente o som de britadeira, com o corpo em movimento fazendo o gesto do trabalho de furar a terra, e marcam rigorosamente o tempo com os pés, em compasso quaternário, dando passos para trás: Trrrrrrrrrr/Trrrrrrrrrr/Trrrrrrrrr/Trrrrrrrr”. “Esse bloco se inicia com um canto a três vozes com a sílaba DEO, e como um mantra vai se repetindo até os operários irem se afastando daquele núcleo, e deixando no centro da cena a India Tapanhuma parindo uma criança”. “O canto vai num crescendo... deo...deo...deo...deo... até o nascimento do menino Macunaíma. E faz-se um silêncio. Após 5 segundos, o ator-criança diz as palavras ai, que preguiça! E assim nasceu o herói da fábula a ser contada!”. “O pensamento grego já incluía nessas linguagens, além do canto, a palavra e a dança. Podemos pensar, assim, que se o canto, as palavras e a dança são expressões da mousiké, é possível pensar também a manifestação cênica como uma paisagem que abrange, além do som e do silêncio, o movimento no espaço. E se falamos de movimento no espaço, falamos de tempo, da organização temporal desses elementos”. |
O conceito de espaço cênico que embasou a montagem acima descrita foi cunhado por Appia e recebeu o nome de:
Paisagem Cênica.
Paisagem Sonora.
Paisagem Poética.
Paisagem Dialética.
Paisagem Musical.