Darwin observou, durante sua viagem no Beagle, muitos espécimes de aves nas ilhas Galápagos. Hoje sabemos que há mais do que 12 espécies de tentilhões (aves), relacionadas entre si, vivendo nestas ilhas e se alimentando de itens diversos. Por exemplo, o tentilhão dos cactos (Geospiza scandens) tem um bico fino e afiado com o qual consegue rasgar e comer as polpas dos cactos. Já o tentilhão verde canoro (Certhidea olivácea) tem um bico pontudo, que facilita se alimentar de insetos. O tentilhão grande do solo dos Galápagos (Geospiza magnirostris) tem um bico grande com o qual quebra as semestres que caem das plantas.
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A partir das informações apresentadas, é CORRETO afirmar que estas evidências sugerem que:
Os diferentes bicos e comportamentos descritos são adaptações aos alimentos específicos disponíveis nas ilhas que estas aves habitam, uma vez que as adaptações do ambiente e a origem de novas espécies são eventos fortemente relacionados.
As diferenças entre os bicos são decorrentes do processo de evolução de espécimes a partir dos seus comportamentos alimentares, já que as aves se adaptam ao ambiente e, consequentemente, transmitem estas características para os seus descendentes.
A seleção e o cruzamento de espécimes com características desejadas para se nutrirem de alimentos específicos explicam a variação dos bicos dos tentilhões e, portanto, estas gerações apresentam pouca semelhança com seus ancestrais selvagens.
As características descritas dos bicos é herdável e a população dos tentilhões de Galápagos é geneticamente homogênea, o que permite a evolução por seleção natural, já que os indivíduos são geneticamente idênticos para essa característica.
Os comportamentos descritos não são adaptações evolutivas, pois os fatores ambientais variam nas ilhas Galápagos ao longo do tempo e, portanto, uma característica favorável em certo espaço e tempo pode não ser importante em outros momentos e locais.