A figura é uma imagem de tomografia do coração fossilizado de um peixe feita por laboratório de luz síncroton.
(https://cnpem.br)
O coração fossilizado foi encontrado em rochas da bacia do Araripe, sítio geológico localizado no Ceará. Completamente preservado, o coração pré-histórico é da espécie extinta de peixe Rhacolepis buccalis, que existiu entre 113 e 119 milhões de anos atrás. A descoberta corrobora para uma maior compreensão do processo evolutivo do sistema cardiovascular dos vertebrados, em especial, do coração.
Ao se comparar esse achado com a evolução anatômica e a fisiológica do coração dos vertebrados, a partir dos peixes até os mamíferos, nota-se
uma menor compartimentalização e simplificação do coração nos grupos mais antigos, com a fusão de câmaras, o que diminui a pressão hidrostática do sangue bombeado.
uma maior compartimentalização e complexidade do coração nos grupos mais recentes, o que possibilita a dupla circulação, sistêmica e pulmonar.
a ausência de compartimentalização do coração nos grupos mais antigos, o que proporciona a mistura de sangue rico em gás oxigênio com sangue rico em gás carbônico.
uma menor compartimentalização do coração nos grupos mais recentes, o que possibilita inferir maior pressão ao sangue bombeado.
uma maior compartimentalização do coração nos grupos mais recentes, o que possibilita o bombeamento simultâneo dos átrios para as artérias.