As origens do movimento de Reforma Sanitária aconteceram durante o período mais repressivo de autoritarismo no Brasil, transformando a abordagem dos problemas de saúde e constituindo-se na base teórica e ideológica de um pensamento médico-social: a abordagem histórico-estrutural de problemas de saúde. Essa abordagem, para analisar o processo de saúde e de adoecimento em uma determinada sociedade, considera
a desigualdade de gênero e o enfrentamento das desigualdades sociais no modelo médico-assistencial.
a igualdade de direitos de acesso e a universalidade dos bens e serviços de saúde.
a determinação da infraestrutura econômica na distribuição desigual das doenças entre as classes sociais.
a criação de redes de apoio filantrópicas e intervenções curativistas para população carente.
o modelo médico hegemônico como principal norteador de políticas de saúde para construção desse novo pensamento sobre saúde.