Segundo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, as mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Tendo em vista a conjuntura de fatores que condicionam os padrões de saúde das usuárias, alguns deles diferenciados, como a discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades do trabalho doméstico, a Política traz proposições que visam contribuir para a promoção da saúde das mulheres como direito de cidadania. Assim, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher tem como um de seus objetivos específicos:
Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada para mulheres e adolescentes, subtraindo a assistência ao abortamento em condições inseguras.
Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar com enfoque prioritário para mulheres em fase adulta no âmbito da atenção integral à saúde.
Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres suprimindo o enfoque de gênero e o recorte racial/étnico nas ações de saúde.
Promover a atenção à saúde da mulher negra e da mulher indígena em igualdade de condições das outras mulheres, tendo em vista o princípio da igualdade.
Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/aids nessa população.