O estudo sobre a situação de saúde da população negra no Brasil e seus determinantes sociais considera, entre outras coisas, que o risco de morrer por tuberculose é 1,9 vezes maior para o grupo de cor parda e 2,5 vezes maior para o de cor preta. A análise dos dados permite constatar que: o risco de uma criança preta ou parda morrer antes dos cincos anos por causas infecciosas e parasitárias é 60% maior do que o de uma criança branca. Também o risco de morte por desnutrição apresenta diferenças alarmantes, sendo 90% maior entre crianças pretas e pardas que entre brancas; as mulheres negras grávidas morrem mais de causas maternas, a exemplo da hipertensão própria da gravidez, que as brancas; as crianças negras morrem mais por doenças infecciosas e desnutrição; e, nas faixas etárias mais jovens, os negros morrem mais que os brancos (BRASIL, 2005). Com base nesses dados e nas análises apresentadas na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (Brasil, 2007), pode-se afirmar que a dimensão político-programática da problematização do racismo institucional é caracterizada pela/pelo:
I. Produção e disseminação de informações sobre as experiências diferentes e/ou desiguais em nascer, viver, adoecer e morrer, discriminadas segundo raça, cor e etnia;
II. Capacidade em reconhecer o racismo como um dos determinantes sociais da saúde e das desigualdades no processo de ampliação das potencialidades individuais;
III. Possibilidade de elaboração e implementação de mecanismos e estratégias de discriminação, combate e prevenção do racismo e intolerâncias correlatas, incluindo a sensibilização e capacitação de profissionais;
IV. Compromisso em priorizar a formulação e implementação de mecanismos e estratégias de redução das disparidades e promoção da iniquidade.
Estão CORRETAS apenas as afirmativas:I e III.
II e III.
II e IV.
I e II.
III e IV.