No Brasil, as internações por aborto, na rede pública hospitalar são indicativas da expressiva gravidade dos problemas que afetam a saúde sexual e reprodutiva da população feminina. O aborto, especialmente em condições de risco, figura entre as principais causas das mortes de mulheres em idade fértil (MIF). Para evitar mortes maternas, todas as mulheres precisam ter acesso à atenção de qualidade após o aborto. Entre as afirmativas abaixo, assinale a que está CORRETAMENTE associada à qualidade da assistência à mulher durante ou após um abortamento.
O dispositivo intrauterino (DIU) não deve ser colocado imediatamente depois do abortamento, porque o risco de infecção e a expulsão são maiores, quando o dispositivo é inserido após seis semanas da prática de um abortamento.
Poucos métodos não devem ser recomendados depois da prática de um abortamento farmacológico ou cirúrgico, estando entre esses o diafragma ou capuz cervical, o qual deve ser evitado até aproximadamente seis semanas após um abortamento de segundo trimestre. Do mesmo modo, os métodos que considerem o período fértil da mulher só devem começar a ser aplicados depois que a menstruação regular retornar.
É esperado que se produza uma hemorragia prolongada do tipo menstrual após o uso de métodos farmacológicos de abortamento. Em média, o sangramento vaginal diminui gradualmente ao longo de, aproximadamente, 45 dias.
Após um abortamento, toda mulher deverá ter acesso a aconselhamento, planejamento reprodutivo, bem como aos métodos anticoncepcionais, incluídos os anticoncepcionais hormonais, exceto os contraceptivos de emergência. Esses últimos devem ser recomendados, apenas, na vigência de situações de violência sexual.
A hemorragia decorrente de um abortamento pode ser resultado da retenção do produto da concepção, trauma ou laceração do colo uterino, coagulopatia ou perfuração uterina. Frequentemente, o tratamento adequado demanda a repetição de esvaziamento uterino ou laparotomia exploratória.