O filme Quebrando Tabu chegou às telas com um objetivo bastante polêmico: falar sobre a descriminalização da maconha e mostrar como a guerra contra as drogas já foi perdida. Nele vemos como a forma repressora de lidar com as drogas não obteve sucesso e o que deve ser feito para mudar a situação. Tendo como idealizador o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o filme mostra quem são as pessoas que usam, quais foram os erros do modelo repressor e, com base em fatos históricos, explica que as drogas já fazem parte da humanidade. O filme parte para o lado documental e expõe uma opinião clara sobre uma questão tão polêmica, utilizando bons argumentos e criticando o preconceito e a falta de informação.
(Fonte: https://www.infoescola.com/cinema/quebrando-tabu/)
Tendo em vista a problemática do álcool e outras drogas em nossa sociedade, destacada no documentário acima, assinale a alternativa correta.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001), cerca de 20% das populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem abusivamente substâncias psicoativas, independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo.
A abordagem da redução de danos nos oferece um caminho promissor, no tocante ao reconhecimento de que cada usuário tem suas singularidades. Nesse sentido, o profissional deve traçar estratégias voltadas para a abstinência como principal objetivo a ser alcançado, mais para a defesa da vida do usuário.
Tecnologias leves, como o acolhimento, a corresponsabilidade daquele que está se tratando, o estabelecimento de vínculo com os profissionais, que também passam a ser corresponsáveis pelos caminhos a serem construídos pela vida daquele usuário, a afetividade pelas muitas vidas que a ele se ligam e pelas que nele se expressam são consideradas prementes no combate a esse agravo, sendo que seu uso deve superar a articulação em redes de atenção das instituições governamentais.
A abstinência não pode ser o único objetivo a ser alcançado. Deve-se acolher, sem julgamento, o que em cada situação, com cada usuário, é possível, o que é necessário, o que está sendo demandado, o que pode ser ofertado, o que deve ser feito, sempre estimulando a sua participação e o seu engajamento.
É compromisso da rede de atenção – profissionais, familiares, organizações governamentais e não governamentais – em interação constante, cada um com seu núcleo específico de ação, mas hierarquicamente organizados em níveis de maior e menor densidade tecnológica, criar acessos variados de referência unilateral como efetivas alternativas de combate ao uso das drogas.