Atender e acolher a criança vítima de violência intrafamiliar requer do enfermeiro muita habilidade, conhecimento e abnegação de sentimentos inerentes à situação, principalmente quando o agressor está no meio familiar e que no ambiente hospitalar a família faz parte do contexto. Uma atitude ética implica imparcialidade nas ações. Deste modo, para ser ético no atendimento de casos de violência à criança, o enfermeiro precisa empenhar-se para evitar que a criança seja entregue ao agressor e, ao mesmo tempo, não ser hostil com os familiares. Diante destas situações não é um sentimento do enfermeiro.
Impotência: O enfermeiro sente-se invadido por esse sentimento, quando acredita não ter conseguido fazer nada ou que poderia ter feito mais para ajudar a criança
Revolta: O enfermeiro questiona a atitude do adulto agressor, que por meio de uma relação de poder, viola os direitos da criança que se apresenta extremamente frágil em relação a ele
Acostumar-se com a violência: O enfermeiro acaba não sofrendo mais o impacto da violência vivida pela criança, já que ao longo de sua vivência, cuidar de crianças vítimas de violência tornou-se uma rotina para o enfermeiro, chegando à indiferença - como forma de auto proteção
Tristeza: O enfermeiro sofre por constatar a falta de valorização e de proteção da criança pela família
Isolamento familiar: o enfermeiro procura isolar as famílias como forma de proteger as crianças vítimas de violência