O dispositivo intra uterino (DIU) de cobre é um método contraceptivo reversível de longa duração (LARC), ou seja, um método de longa duração e de alta eficácia, seguro, com poucas contraindicações. No Brasil, sua inserção pode ocorrer em uma consulta ambulatorial e nas maternidades, desde que os critérios de elegibilidade sejam atendidos e haja manifestação do desejo por parte da pessoa com útero. Os profissionais devem superar as várias barreiras de acesso a este método contraceptivo para reduzir a taxas de gravidez não planejada e os vários riscos de uma gravidez indesejada. A respeito desse método, assinale o correto.
O DIU com cobre age provocando mudanças bioquímicas e morfológicas no endométrio à medida que os íons são liberados na cavidade uterina, levando a uma ação inflamatória e citotóxica com efeito espermicida. O cobre é responsável pelo aumento da produção de prostaglandinas e pela inibição de enzimas endometriais. Tal ação tem efeito nos espermatozoides e ovócitos secundários.
O DIU com cobre TCu 380, disponível no SUS, tem em sua composição artefato de polietileno em formato de T, revestido com 250 mm², de cobre na haste vertical e dois anéis de 54 mm² de cobre em cada haste horizontal, conhecido comercialmente pelo nome Andalan Silverflex.
A realização de ultrassonografia e exame de panicolaou é obrigatória anteriormente e após a inserção do DIU com cobre, tendo em vista a suspeita de má formação uterina ou para a investigação de sangramento uterino anormal sem diagnóstico e para confirmação do bom posicionamento do DIU.
O DIU cobre pode ser inserido no pós-parto imediato, no parto normal ou na cesariana, com inserção pósdequitação placentária imediata (dentro de até 10 min) apresenta taxas de expulsão maior, em seis meses, de 27%. Já na inserção precoce pós-parto normal (entre 10 min a 48h), a taxa de expulsão é ao redor de 7 a 15%. A taxa de expulsão após cesárea também é menor, variando entre 3 a 12%.