A perda progressiva da capacidade de funcionamento dos rins pode levar o paciente à doença renal crônica (DRC) avançada, também definida como DRC em estágio 5, significando que os rins estão funcionando em uma faixa de filtração glomerular (TFG) inferior a 15 ml/minuto. Nesses casos, geralmente há necessidade de algum tipo de terapia renal substitutiva (TRS), como a hemodiálise. No que se refere à hemodiálise, é correto afirmar que:
os objetivos da hemodiálise são extrair substâncias tóxicas nitrogenadas do sangue e remover o excesso de líquidos. A terapia ocorre comumente três vezes por semana, em sessões que duram cerca de oito horas.
a hemodiálise pode prolongar a vida de maneira indeterminada, alterando o curso natural da doença renal subjacente. O paciente, no entanto, está sujeito a diversas complicações, como insuficiência cardíaca, fadiga, desnutrição, distúrbios do sono, infecção e hipotensão, dentre outras.
a fístula arteriovenosa é o método preferido de acesso permanente para hemodiálise. É confeccionada cirurgicamente por meio de uma anastomose entre uma artéria e uma veia. Deve-se permitir que a fístula amadureça por pelo menos 72 horas, para que cicatrize e acomode agulhas calibrosas.
dentre os cuidados de enfermagem ao paciente sob hemodiálise, destaca-se a proteção do acesso vascular, com avaliação do frêmito sobre o sítio do acesso pelo menos a cada 8 horas. Quando houver necessidade de terapia intravenosa, esta deve ser administrada o mais lentamente possível, controlada por bomba de infusão e com registro rigoroso de balanço hídrico, minimizando o risco de edema pulmonar.