No Brasil, nascem cerca de 3 milhões de crianças ao ano, das quais 98% em hospitais. Sabe-se que a maioria delas nasce com boa vitalidade; entretanto, manobras de reanimação podem ser necessárias de maneira inesperada. São essenciais o conhecimento e a habilidade em reanimação neonatal para todos os profissionais que atendem RN em sala de parto, mesmo quando se esperam crianças hígidas sem hipóxia ou asfixia ao nascer. Segundo as práticas atuais de reanimação em sala de parto, que se baseiam nas diretrizes publicadas pelo International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR), pode-se afirmar que:
a avaliação da coloração da pele e das mucosas do RN é utilizada para decidir procedimentos na sala de parto
o boletim de Apgar deve ser utilizado para determinar o início da reanimação e das manobras a serem instituídas no decorrer do procedimento
se, ao nascimento, verifica-se a presença de mecônio é preciso sempre realizar a retirada do mecônio residual da hipofaringe e da traqueia sob visualização direta e fonte de calor radiante, em todos os RN
se, ao nascimento, verifica-se que o RN é a termo, está respirando ou chorando e com tônus muscular em flexão, sem a presença de líquido amniótico meconial, a criança apresenta boa vitalidade e não necessita de qualquer manobra de reanimação